Tudo o que você precisa saber sobre banho e tosa

Apesar da crise, o brasileiro não reluta para investir no bem-estar de seus animais de estimação, principalmente no que diz respeito à cuidados higiênicos, como o banho e tosa.

Mesmo com a situação financeira delicada, tanto do país quanto das famílias, o Brasil é o terceiro maior mercado pet do mundo, conforme dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet).

Além do extremo cuidado com os animais, a grande quantidade deles também ajuda a impulsionar o mercado.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem mais de 50 milhões de cães em todo o território nacional, além de mais de 22 milhões de gatos.

Banho e tosa e o bem-estar animal

Além de brinquedos, roupas e outros acessórios, o banho e tosa completo são outro elementos bastante conhecidos por donos de animais.

Por mais que a estética seja o principal motivo para enviá-los ao pet shop, veterinários afirmam que a rotina de higiene é fundamental para a saúde e o bem-estar dos bichos.

Banhos regulares, por exemplo, previnem problemas com piolhos e carrapatos, além de evitar certas doenças de pele.

Já a tosa pode ser um alívio para os animais nos meses de verão, quando as temperaturas são mais altas. Isso porque os pelos atuam como um cobertor sobre o corpo do pet, mantendo-o aquecido.

Isso é bom no inverno, mas deve ser controlado no verão por questão de conforto, saúde e segurança.

A frequência ideal varia conforme a raça

Apesar dos benefícios, é preciso que o dono pense duas vezes antes de enviar seu animal ao serviço de banho e tosa mais próximo.

Isto porque, por mais que a higiene seja importante, ela não deve ser excessiva, pois pode causar problemas de saúde – principalmente de pele – no pet. Além disso, visitar um pet shop pode ser extremamente estressante para o animal.

O ambiente desconhecido, a manipulação por uma pessoa que não é o dono, o cheiro de outros bichos e até mesmo o odor dos produtos usados tendem a deixá-lo estressado, com um comportamento difícil de controlar. Mesmo um banho e tosa simples podem ser um suplício.

Portanto, o ideal é que os donos higienizam o cão conforme as recomendações do veterinário.

Via de regra, cães de pelagem curta precisam passar pela rotina de limpeza com menos frequência que os de pêlos mais longos. Além disso, é preciso tomar alguns cuidados na escolha do local ao qual o animal será enviado.

Improvisos nunca dão certo

O banho e tosa a domicílio é uma alternativa para donos de pets que não têm tempo para deslocar-se até o petshop.

Mas, por mais útil que o serviço seja, é preciso ficar atento: ele é feito com a mesma qualidade que nas instalações do estabelecimento?

Afinal, não é porque o pet está em casa que o profissional deve abrir mão de itens de segurança e de higiene, como as luvas.

Além disso, jamais devem ser usados produtos humanos, apenas itens desenvolvidos e testados para uso animal.

Filhotes merecem cuidado redobrado

Muitos donos têm dificuldade para encontrar o momento ideal para enviar seu filhote para um banho e tosa completo em um estabelecimento especializado, pois a experiência é especialmente estressante para animais muito jovens.

A indicação dos veterinários é que, nos primeiros meses de vida do cão, os banhos sejam dados em casa, com produtos específicos para filhotes. Eles não devem ter odor muito forte, pois isso é um incômodo para seus olfatos em desenvolvimento.

À medida que o animal cresce e amadurece, pode-se enviá-lo ao petshop, mas prestando atenção a seu comportamento. Caso ele pareça muito desgastado após o serviço, talvez seja melhor manter a higienização caseira por mais algum tempo.

Profissionais precisam ser qualificados

Mesmo um banho e tosa de bairro precisa de profissionais qualificados. Normalmente, eles são treinados como técnico ou auxiliar em veterinária, e tomam precauções como:

  • Jamais deixar o animal desassistido;
  • Usar luvas e máscaras;
  • Higienizar o espaço de banho e tosa;
  • Não deixar o animal secar na gaiola;
  • Não permitir que animais de famílias diferentes compartilhem a gaiola;
  • Controlar o tempo de uso do secador;
  • Uso de um kit banho e tosa completo e de qualidade.

São precauções como essas que evitam acidentes e, até mesmo, tragédias.

A Vigilância Sanitária tem normas para pet shops

Caso esteja na dúvida sobre qual é o estabelecimento ideal, basta entrar em contato com a Vigilância Sanitária Local. Este órgão tem uma série de regras para estabelecimentos que lidam com os animais. Conhecendo-os, você saberá a qual estabelecimento confiar a higiene de seu pet.